SIM e Simões de Assis apresentam Parque de Transgressões
Galerias curitibanas realizam mostra paralela a Bienal de Curitiba, com curadoria de Agnaldo Farias
As curitibanas SIM Galeria e Simões de Assis Galeria de Arte apresentam Parque de Transgressões, próxima mostra a ocupar os dois espaços. Com abertura marcada para o dia 30 de agosto, a exposição será um evento paralelo a Bienal Internacional de Curitiba, que inaugura no dia 31 de agosto. A curadoria da mostra coletiva é de Agnaldo Farias. Apresentado como um dos mais respeitados críticos de arte do Brasil, Farias coleciona experiências em seu longo currículo de curador, como o Museu de Arte Contemporânea — MAC, em Niterói, o Museu de Arte Moderna — MAM, do Rio de Janeiro, e o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. Atualmente, ele é curador do Instituto Tomie Ohtake.
Para a mostra em Curitiba, o curador explorou o conceito de que tudo é instável, passível de transgressão e a intenção é que essa máxima seja representada por meio das obras escolhidas. “A mostra traz artistas que lidam com o instável, o precário, o desequilíbrio, a ruína, aquilo que está em movimento, ainda que sob forma discreta”, explica. Segundo ele, a exposição reúne obras que trazem consigo a consciência de sua finitude, de que os efeitos causados pela passagem do tempo são irreversíveis, ininterruptos e explica o título escolhido: “Parque de Transgressões, porque outra coisa não é um espaço expositivo dedicado a apresentar tantos trabalhos experimentais, que ocupam os espaços das duas galerias reunidas em um só projeto”.
Entre as obras da exposição está a velha cadeira Louis XVI, de Rodrigo Bueno. O objeto tem vestígios de dourado, sua cor original, e forração de veludo corroído, sob a qual estouram plantas e folhagens, que, segundo o curador, parecem celebrar a morte do móvel. A fotógrafa Juliana Stein apresentará trabalhos inéditos desenvolvidos para a exposição. O cantor e artista plástico, Arnaldo Antunes apresenta sua palavra/poema/objeto Mind/Wind. Com letras recortadas em metal, a instalação projetada alguns centímetros da parede cria um anagrama tridimensional, aproveitando-se da sombra para conquistar o espaço da arquitetura e, ao mesmo tempo, ampliar a significação do poema. Já o feixe de linhas negras da instalação de Edith Derdyk, atravessa o espaço branco das galerias, enredando o visitante, como uma ‘cama de gato’. A exposição fica completa com as obras dos outros treze grandes artistas: Adriana Veiga; Antonio Dias; Bernard Frize; Daniel Murgel; Daniel Senise; Eliane Prolik; Fabio Cardoso; Francisco Klinger; José Bechara; José Spaniol; Romy Pocztaruk; Paolo Ridolfi e Tony Camargo.
Serviço: Exposição Parque de Transgressões
Curadoria: Agnaldo Farias
Artistas: Adriana Veiga; Antonio Dias; Arnaldo Antunes; Bernard Frize; Daniel Murgel;Daniel Senise; Edith Derdyk; Eliane Prolik; Fabio Cardoso; Francisco Klinger; José Bechara; José Spaniol; Juliana Stein; Rodrigo Bueno; Romy Pocztaruk; Paolo Ridolfi e Tony Camargo.
Local: Simões de Assis Galeria de Arte – Alameda Dom Pedro II, 155, Batel – 41 3232-2315 / SIM Galeria — Alameda Presidente Taunay 130 A, Batel – Curitiba (PR)
Data: 30 de agosto a 28 de setembro
De terça a sexta das 10h às 19h. Aos sábados, das 10h às 18h.
Sobre a SIM Galeria: Tradicional entusiasta da arte, em Curitiba, a família Simões de Assis apresenta a SIM Galeria. Voltada para as manifestações contemporâneas de arte, a iniciativa funciona em um prédio anexo à Casa de Pedra (Al. Presidente Taunay, 130A – Batel) e é dirigida pelos irmãos Guilherme e Laura Simões de Assis.
Sobre a Simões de Assis Galeria de Arte – A Simões de Assis Galeria de Arte foi fundada em Curitiba no ano de 1984 pelo arquiteto Waldir Simões de Assis Filho com objetivo de difundir a arte moderna e contemporânea. Com grandes nomes da arte brasileira em seu currículo, a galeria ainda desenvolve parceria com museus nacionais, colaborando na organização e curadoria de mostras dos artistas que representa. É, também, responsável pela publicação de diversos livros de arte em uma editora própria.