APAP-PR divulga a carta de oposição ao atual formato do 62º Salão Paranaense

Após amplamente discutido em reunião de diretoria e inclusive já entregue ao Museu de Arte Contemporânea e a Secretaria da Cultura atarvés de seus responsáveis, a APAP-PR protocolou uma carta demonstrando o seu descontentamento com o atual formato do Salão Paranaense, manifestação tal qual já realizada em outra gestão quanto a transformação do salão anual em bienal.

Segue o teor:

Curitiba, 22 de agosto de 2007.

Ao Museu de Arte Contemporânea do Paraná
A/C Diretor Alfonso Luis Bianchi Vivern
Rua Desembargador Westphalen, 16 – 80010-110
Curitiba – Paraná – Brasil

Prezado Sr.,

A ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL DOS ARTISTAS PLÁSTICOS DO PARANÁ, pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos e de utilidade pública, devidamente inscrita no CNPJ/MF sob nº 77.974.640/0001-27, com sede na Av. Jaime Reis, s/n, Arcadas de São Francisco, sala 07, Bairro São Francisco, em Curitiba/PR, com mais 23 anos de existência e mais de 700 artistas inscritos, vem, respeitosamente, por intermédio de seu presidente, informar que em reunião extraordinária realizada em 13 de agosto corrente deliberou-se por UNÂNIMIDADE dos presentes pela declaração formal contra a transformação do SALÃO PARANAENSE em “COLETIVAS DE EXPOSIÇÕES”.

Ocorre que entendemos que não bastasse a quebra da hegemonia do mais antigo Salão de Arte Contemporânea do país (único salão até então ininterrupto) em bienal, alertamos que eventos com artistas convidados nacionais ou do mercosul devem apenas reforçar paralelamente a visão de arte contemporânea da mostra e não tornar seu principal eixo, até para que seja preservado ao salão as suas principais características, quais sejam: a de fortalecer a livre participação espontânea, a competição, a democracia e a transparência.

Deste modo opinamos para que nas próximas edições as participações de possíveis artistas convidados sejam apenas através de mostras paralelas (se for o caso inclusive em local diverso ao evento) para que assim possam ser elevadas as ínfimas 11 vagas de participações espontâneas para no mínimo 37 vagas, de sorte a além de não se desvirtuar a finalidade do evento, motivar ainda mais a participação de nossos artistas.

Assim sendo, como não poderia deixar de ser, para não ficarmos omissos diante de tal situação, e por acreditarmos que a atual formação só traz prejuízos à comunidade artística do nosso Estado, deixamos registrados nossos legítimos “protestos”.

Outrossim, ficamos à disposição para discutir, interceder e auxiliar na realização das próximas edições.

Alani Fonseca de Mello
Presidente da APAP-PR