APAP-PR de luto – Perdemos Guilmar Silva

A artista plástica e funcionária da Fundação Cultural de Curitiba Guilmar Silva morreu no dia 10 de fevereiro. O enterro ocorreu na manhã do dia 11, no Cemitério Jardim da Saudade 2, em Pinhais, foi acompanhado por familiares, amigos, artistas e colegas da Fundação Cultural, onde Guilmar trabalhou por 22 anos. Conforme destaque de Paulino Viapina, presidente da Fundação Cultural de Curitiba: “Além de grande artista, Guilmar foi uma funcionária exemplar e uma grande promotora da cultura em Curitiba”.

Guilmar Silva era coordenadora de Artes Visuais, função que exercia paralelamente à sua atividade como artista. Ao longo de sua carreira, iniciada no curso de Pintura da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (1977), realizou mais de 70 exposições individuais e coletivas por todo o Brasil. Suas obras, caracterizadas pela organização espacial e pictórica do cubismo, compõem os acervos do Museu Metropolitano de Arte de Curitiba, Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Museu de Arte de Santa Catarina e Universidade Federal do Paraná.

A artista nasceu Camboriú (SC) e estava radicada em Curitiba desde 1965. Guilmar participou de inúmeros cursos de aperfeiçoamento, seminários, encontros de cultura, estando sempre envolvida nas questões ligadas à arte. Fez trabalhos nas áreas de gravura, pintura, história da arte, estética, preservação e conservação de obras de arte e livros raros, e organização e preservação de acervos fotográficos. Também foi responsável pela curadoria de inúmeras exposições na Casa da Memória, Casa Romário Martins, Museu Metropolitano de Arte e Centro Cultural Solar do Barão, espaços da Fundação Cultural de Curitiba, onde trabalhou desde 1986.

Saiba um pouco mais sobre a artista: http://guilmarsilva.sites.uol.com.br/

“Nos últimos anos pode-se observar que algumas entre as mais significativas gravadoras curitibanas retornam ao exercício de pintar. Porém o fazem com uma total independência de linguagem, que as leva a trilhar os caminhos da abstração.” Adalice Araújo

“Sua obra, enquanto pintura, segue uma linha de ascensão bastante coerente, que vai da apreensão da realidade à dialética da forma que, apesar de figurativa, gradativamente se depura, até a descoberta da poética de pintar, como exercício de liberdade.” Adalice Araújo

“São raros os artistas não figurativos que buscando sua inspiração na paisagem urbana tenham conseguido, como Guilmar Silva, uma obra ao mesmo tempo terna e possante, pretendida como um prolongamento da natureza que em lugar de aviltar com uma leitura piegas, acrescenta e enriquece com sua interpretação.” Fernando Veloso