Mostra Estações dá início a uma série de exposições em comemoração dos 90 anos do artista; abertura acontece no sábado
No próximo sábado (14), acontece a abertura da exposição Estações do artista Antonio Arney, no Museu de Arte Sacra a partir das 10h. Com curadoria do crítico e poeta Adolfo Montejo Navas e da artista plástica Eliane Prolik, a mostra explora os vários significados da palavra, como estações da vida, do tempo, como também dos passos últimos de Cristo.
Segundo o artista, o tempo é sua matéria-prima, um ingrediente substantivo. O conjunto de catorze obras de Antonio Arney é feito com pintura e madeira trabalhada, além de outros materiais como papel, parafusos e maçanetas. As obras falam da natureza do tempo que habita nelas, com as suas camadas entranhadas na madeira, uma matéria-prima sempre constituinte, que oferece certa dramaturgia na própria paisagem de sua pintura, explica o curador Adolfo Montejo Navas.
Nascido em 1926 em Piraquara, Antonio Arney é artista autodidata e realiza trabalhos em madeira com colagem de materiais diversos e pintura. Sua trajetória profissional começa em Curitiba no final dos anos 1950 com participação no Círculo de Artes Plásticas, na Galeria Cocaco e posteriormente no coletivo paranaense Grupo Um. Em seu currículo constam inúmeros prêmios sendo oito premiações no Salão Paranaense e, participação de importantes mostras nacionais e internacionais como: I e II Panorama de Arte Atual Brasileira MAM/ SP, Pré-Bienal de São Paulo (1970) e a XI Bienal Internacional de São Paulo (1971). Sua obra integra acervos públicos do Museu Oscar Niemeyer, Museu de Arte Contemporânea (PR), Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte da UFPR e Museu Municipal de Arte de Curitiba e importantes coleções particulares.
A mostra presente na Bienal tem entrada gratuita e dá início a uma série de exposições pela comemoração de seus 90 anos a serem completados em 2016.
Sobre os curadores
Adolfo Montejo Navas é poeta, critico e curador independente. Correspondente da revista internacional Lápiz de Madri e colaborador de publicações culturais de Brasil e Espanha. Sua última produção são as curadorias: Fotografia Transversa, Fundação Vera Chaves Barcellos, Viamão-Porto Alegre, 2014 e Imagética – Ana Vitória Mussi (1972-2015), Paço Imperial, Rio de Janeiro, 2015 (com Marisa Flórido Cesar), assim como é autor de diversos livros: Poiesis Bruscky(Cosac Naify, 2013) e co-autor de Mário Carneiro – Trânsitos (Circuito, 2014), entre outros.
Eliane Prolik é artista plástica e curadora independente. Expõe atualmente sua obra Red Ahead, na Bienal de Curitiba, MON; na TRIO Bienal, Rio de Janeiro; Projeto Arte e Indústria, MAC USP, São Paulo. Em 2009 e 2010 coordenou as mostras e publicações Miguel Bakun A Natureza do Destino, Casa Andrade Muricy em Curitiba e Instituto de Arte Contemporânea, em São Paulo e Miguel Bakun Na Beira do Mundo, Museu Oscar Niemeyer.
Serviço Antonio Arney na Bienal Internacional de Curitiba
Mostra Estações de Antonio Arney no Museu de Arte Sacra
Período: de 14 novembro a 2015 a 14 fevereiro 2016
Funcionamento: terça a sexta 9 às 12 h e das 13 às 18 h
sábado, domingo e feriados 9 às 14 h
Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba – MASAC
Rua Claudino dos Santos, s/n Largo da Ordem
(41) 3321-3265.